Não os conheço. São-me estranhos.
Mas tu, que te encontras lá longe,
para lá dos desertos e dos lagos,
para lá das savanas e das ilhas,
falo-te como um irmão.
Se a minha noite é tua,
se os meus olhos choram o teu pranto,
se os nossos gritos são iguais,
falo-te como um irmão.
Ainda que as nossas palavras sejam distintas,
e tu negro e eu branco,
se temos semelhantes as feridas,
falo-te como um irmão.
Para lá de todas as fronteiras,
para lá de muros e valados,
se os nossos sonhos são iguais,
falo-te como um irmão.
Ambos temos a mesma pátria,
temos a mesma luta.
Dou-te a minha mão,
falo-te como um irmão.
Poema “Irmaus” de Celso Emilio Ferreiro.
Traducido ao portugués por Joaquim Azevedo Mendes.
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A Porta Verdepola irmandade galego-portuguesa!!
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