quarta-feira, fevereiro 27, 2008

A bruxa das Ghalanas II

Falta pouco para saber a verdade do que me arrastrou ata aquí dende lonxe. Xa tocaron ás doce sendo imposible atraer o sono. Tanto tempo fóra da casa dá morriña e señardade, e o que máis desacouga é o desaparecido anel da miña muller. ¿Daríallo a alguén?, non penso ir a ningures ata que saiba o sucedido, o meu criado quérea moito... é a noite a que fai pensar tolemias e enredar as ideas. Non vai frío nesta pensión e estase ben logo dunha viaxe tan extensa.
E pasaba a noite silente e serena para pronto deixar durmir a un canso peregrino. A noite é o gato negro, pero non é tal michiño é o demo que fai a súa correspondente visita nocturna.
– Escoita o que che digo bruxa! se queres seguir co teu poder. Perdeuse un anel nun bocoi pero ti non dirás tal cousa, vas dicir que foi entregado a un amante. E tal como dixo iso, saíu case que voando polo sitio que entrara. Perdéndose no manto do firmamento ou na profundidade da terra.
Mais non se imaxinaban que acochado na escuridade escoitara o máis importante da mensaxe. Corrín asustado e preocupado... deiteime ata o día seguinte que tornou a iluminar e a quitar os medos que atrapan os soños.
E o señor consultou a meiga. Contoulle a mentira que inventara o demo ou o gato negro. Saíndo anoxado colleu o cabalo e fuxiu, sen agardar polo criado nin escoitar as explicacións que intentaba dirixirlle sen éxito. Só o alimentaba a idea fixa de dar morte a adúltera.
Corre levado polo diaño e non é pillado polo meu faco. Mais tivo que parar en Pontevedra alí onda o río e agardar o barqueiro, para que o levase cara ao outro lado. Non quedándolle máis remedio que escoitarme e crer as palabras que case esgotado saían da miña boca. Cando chegamos á casa do señor revisamos a pipa que antes baleiráramos e alí estaba, o anel creador de todos os desgustos... o señor alporizado mandou que detiveran a meiga.
Hoxe un día calquera, fun presa pola garda civil e dende aquela desaparecida da aldea. Con iso crearon unha lenda silandeira que ninguén coñece, ou case ninguén coñece...
rosanegra

sábado, fevereiro 23, 2008

Artistas da rúa

Un xenial artista na rúa
non participa do canon da $GAE.
Aplausos e moedas de vontade
é toda a recadación que recolle.
Velaí o prezo da popularidade!
............. Sc. Afonso trece

quinta-feira, fevereiro 21, 2008

Bosquexo dunha perna que pretende tirar para diante II

Pendúrase nos extremos
Sabe que non hai tempo, mais
.........................xorde temerario
Busca o equilibrio dos arácnidos
na ingrávida superficie de alienados
............................................autómatas
Eses que formulan realidades ao pé
.................................dun tallo retorto
e cando lle penetra o solpor na face
.............................................distraída
gabéanlle polos ombreiros
as teorías obsesas dos vagalumes
malia todo, o son dun clavicordio
prolixo, lesiona a extrema levidade das
................................................caracochas

Cruz Martínez

Segundo premio de poesía no "1º Certame Literario TERRAS DE CHAMOSO" O Corgo (Lugo)

terça-feira, fevereiro 19, 2008

O Galego do Século XXI é o Português

Os portugueses são uma parte do povo galego que se tornaram independentes do reino de Leão que na altura ocupava a Galiza.
O cidadão Galego Dom Afonso Henriques libertou parte da Galiza e a essa parte deu-lhe o nome de Portugal. Tornou-se o primeiro rei de Portugal.
Depois estes galegos do sul começaram-se a chamar de portugueses e conquistaram a sul as terras aos mouros formando o Portugal moderno de hoje.
Por isso portugueses e galegos têm a mesma origem não só linguisticamente como pessoalmente. São o mesmo povo original do extremo norte da peninsula ibérica.
A única diferença é que uns mais a norte passaram do domínio do reino de Leão para a colonização castelhana enquanto outros a sul seguiram um destino independente, conservando e aprofeiçoando a sua língua e desenvolvimento humano. Os galegos do sul independentes que entretanto passaram-se a chamar portugueses. Depois de conquistarem as terras aos mouros na peninsula,expandiram-se primeiro pelo norte de África e de seguida por todo o mundo.
Estes galegos do sul independentes criaram um dos maiores impérios do mundo. Hoje são vários os países onde se fala o português.
A língua portuguesa que é o galego do século XXI, com mais de 215 milhões de falantes nativos, é a quinta língua mais falada no mundo e a terceira mais falada no
mundo ocidental. Idioma oficial de Portugal, Brasil, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Macau e Timor-Leste, sendo falada no Ex- Estado Português da Índia ( Goa, Damão, Diu e Dadrá e Nagar-Aveli)e Guiné Equatorial (A partir de Dezembro de 2007 língua oficial), além de ter também estatuto oficial na União Europeia, no Mercosul e na União Africana. Há ainda por todo o mundo milhões de falantes como em África, América central, Ásia e Oceânia de vários criolos que usam as palavras portuguesas embora com fórmulas gramaticais diferentes.
Há quem defenda em Espanha que o galego deve ser o português arcaico e não o moderno. Esses defensores querem acabar com a cultura galega. O português arcaico não tem condições de se impor, não representa nem é capaz de expressar o pensamento e as evoluções tecnológicas actuais. Pelo contrário o galego genuíno e moderno é uma mais valia para todos os galegos e para a própria Espanha. Os galegos passam a ser bilingues "Hablando" o idioma do colonizador o castelhano e "Falando" a língua dos seus pais o português. Com isso passam a falar com mais de 700 milhões de falantes nativos em todo o mundo. Esta é a grande vantagem que os galegos têm em relação às outras línguas minoritárias peninsulares catalã e basca. Os deputados galegos podem falar o galego do século XXI no parlamento Europeu mas não no espanhol. Isso é humilhante para um povo e é o pior que existe numa colonização.
Para a recuperação da língua galega oprimida há séculos é imprescindível a transmissão de rádios e televisões portuguesas em canal aberto em toda a Galiza e municípios falantes do galego das Astúrias e Castela Leão. Ensino escolar obrigatório do galego do século XXI e a televisão galega deixar de falar em português arcaico. O português mediaval não tem qualquer utilidade. Os galegos têm o direito de falar a língua dos seus pais actualizada e não de forma mediaval e castelhanizada como o Estado espanhol através da tv da galiza promove.
Só assim se respeita a dignidade do povo galego e a própria Espanha se beneficia. O rei Dom Carlos viveu a sua infância em Portugal, primeiro aprendeu a falar bem português e só depois castelhano. Contudo é rei de Espanha.
Os galegos não deixam de pertencerem ao Estado espanhol por falarem a língua dos seus pais actualizada.
Pela dignidade do povo galego.

Ernesto Lobo

domingo, fevereiro 17, 2008

Embarcacións tradicionais galegas

Pantalán de embarcacións tradicionais de Bouzas (Vigo)
onde se está a levar a cabo un marabilloso e interesantísimo
proxecto de recuperación da gran variedade de
embarcacións tradicionais de Galicia. Parabéns!

Son detalles importantes (entre outros) da nosa historia e patrimonio cultural, que temos a oportunidade de coñecer no marco desa boa iniciativa conxunta das Concellerías de Deportes e de Cultura do Concello de Vigo que se chama "Camiña e coñece". Unha actividade moi reconfortante, cívica e satisfactoria para a mañán laica dos domingos.

As embarcacións tradicionais de Galicia,
de Staffan Mörling.
Un libro fundamental
deste investigador sueco afincado en Bueu,
que profundiza con rigor científico no estudio
das embarcacións tradicionais de Galicia
(en particular a dorna)

.............. Alfonso Láuzara

sexta-feira, fevereiro 15, 2008

o problema de chiapas

o problema é pola terra
o problema tamen pode ser pola

auga
o problema é ter mais ou menos

autonomia
o problema é usar ou non usar as

armas

o problema entre recursos e
necesidades
o problema entre o camiño e a casa
o problema é sairse ou voltar
ás vellas e novas formas

comunitarias

o problema é de dereitos e deberes
o problema na comunicación na

palabra

altos-morelia 2-08
fugaemrede chiapas

Manolo Pipas

terça-feira, fevereiro 12, 2008

Entre o delírio e o auto-odio: nom podedes vencer

O dia oito de Fevereiro, a Mesa Por la Libertad Lingüística convocou a primeira de umha série de concentraçons que tenhem pensado fazer no Obelisco da Corunha até o 7 de Março (curiosa coincidência com o fechamento da campanha eleitoral) com a finalidade de protestar contra a Lei de Normalizaçom Lingüística e contra a pretensa discriminaçom que, segundo os promotores das anteditas concentraçons, sofrem os castelhano-falantes.

A isto, responderom por volta de dous centenares de pessoas de maneira absolutamente espontánea e sem siglas de por meio, que se contra-manifestarom para pôr em evidência as mentiras e falácias da MLL. Como mínimo, os que se manifestarom CONTRA a convocatória deste fantasmagórico colectivo, duplicavam ou mesmo triplicavam a concorrência à manifestaçom anti-galega. Isto parece que nom entra na cabeça de quem teima em mentir para o seu próprio benefício sobre a realidade lingüística que se vive neste país; de facto, é bastante delirante a história que contam na sua página web.

O que aconteceu é muito singelo de explicar e entender; simplesmente numhas poucas horas, e de maneira espontánea, duascentas pessoas conseguirom juntar-se e organizar-se frente a umha pequena manifestaçom de fascistas. A polícia carregou contra a manifestaçom em defesa do galego...e o quê aconteceu? Pois que nom apenas nom conseguirom disolver-nos, mas inclusso muita outra gente que passava por alí somou-se-nos. Nem com a polícia da sua parte conseguem os inimigos da nossa língua intimidar a ninguém, e desde logo, muito menos vam conseguir somar simpatias que nunca vam ter.

O que nom se pode é ter a desfazatez e a desvergonha de afirmar que quem fala em espanhol sofre qualquer discriminaçom, quando a realidade é justo a contrária: quando nengumha família que quixer educar em galego aos seus filhos encontra no sistema educativo galego os méios para o fazer, quando a repressom e a discriminaçom laboral por razons de língua estám à ordem do dia, quando ainda segue a ser normal que num bar ou numha loja te tratem de humilhar por falar em galego. Nom podedes ir a nengum lado com essa mentira de que sodes as vítimas, quando vivedes neste país, por desgraça, como uns verdadeiros privilegiados, enquanto nós, galego-falantes, temos que viver como estrangeiros na nossa própria terra.

A Mesa por la Libertad Lingüística, isso sim, nom pode representar a ninguém. Polo menos, temos essa sorte. Nom pode representar a ninguém quem nom dá a cara, quem nom é transparente sobre as suas origens nem sobre a sua composiçom, que nom surge da auto-organizaçom popular e sim tem o seu nascimento nas cloacas da extrema-direita. Nom sodes ninguém, porque quem joga a ser submarino de interesses políticos inconfessados, está condenado a isso, a ser um mero instrumento. E por isso nunca o povo vos dará a razom.

O que eu, que sofrim nas minhas carnes a repressom laboral por ser galego-falante, nom vou tolerar é que montedes o vosso circo sem que se vos digam as verdades que nom nos cansaremos de repetir: o galego é a nossa língua, e nom só por ser a que falamos. É a língua que nos fai povo, que nos fai naçom, que contem o nosso ADN histórico e cultural. Aquí estaremos para o dizer com orgulho, frente ao vosso delírio fascista e o vosso auto-ódio.

Tirado do blogue "O Tangaranho Vermelho"

domingo, fevereiro 10, 2008

A bruxa das Ghalanas I

É de mañanciña... quizabes sexa luns ou martes, o que non importa o máis mínimo. Pero como todos os días hai que ir á misa, suponse... que para estar a ben con Deus.
As Ghalanas están moi ben situadas. A beira da capela de San Antón por onde pasa o río da Pontexoán. Alí atópanse os muíños, que dan nome ao lugar. Tamén hai unha casiña que queda preto do mosteiro.
A garda civil chega á aldea, na procura da muller que aldraxara cunha mentira a un señor de Soutomaior ou da Cañiza, militar ou navegante. Foi presa e levada o cuartel, descubríndoa axeonllada e debaixo dúas cruces de caravaca que foron as que delataron a verdade.
A cabalo é un percorrido longo e duro pero tranquilo. Seica na parroquia de Armenteira hai unha bruxa que soluciona todos os males. A viaxe cansa o corpo e o tempo pasa demasiado rápido chegando xa a noite. – Non vos podo atender agora bos viaxeiros, agardade ata mañá e seredes compracidos. Polo que o señor vai durmir a unha pensión e eu debo quedar no alpendre cos cabalos. Mais a noite é moi fría pasándoa nun alpendre e hai que quentarse na lareira da cociña, xa que os pobres ósos coa friaxe están ríxidos e aínda teño maniotas que me incomodan. O reloxo toca ás doce da noite e escoito ruídos na cheminea, agóchome á présa. Entón podo ver como pola gramalleira (onde colgan os potes para facer a comida) sae un gato negro...
rosanegra

terça-feira, fevereiro 05, 2008

Filo-Café en Ponferrada

Incomunidade convoca
un novo filo-café, o vindeiro día 23,
desta volta en Ponferrada (León).
Abertas as inscricións:

Info:
http://incomunidade.blogspot.com

domingo, fevereiro 03, 2008

A inauguración de Monçao foi un éxito!!

"PALAVRAS PINTADAS" A Mostra Colectiva de Artistas Galegos en Pintura, Escultura, Fotografía e Vídeo. Permanecerá aberta ata o 26 de febreiro no Paço do Alvarinho ( Casa do Curro)
Se queres visitar a Mostra, podes facelo nos seguintes horarios:
De segunda feira a sábado das 09:30 ás 12:30 e das 14:00 ás 18:00
Domingos e feriados das 10:00 ás 12:00 e das 15:00 ás 18:00
Non deixes de visitala!!


Durante o acto de inauguración presentáronse os libros: "Ollos de Acibeche" de Rafael Pinto, dedicado a Rosalía de Castro e o libro de "A Porta Verde do Sétimo Andar".