quarta-feira, dezembro 28, 2005

No banco de escribir memorias

No banco de escribir memorias
sentan todos os camiñantes de antano
no sosego do esquecemento
arrolan o silencio de esperas
para que os arces outoneen sen presas
marcando a desolación de novembro

en calmosa placidez
aquí a palabra é remoída mastigada

para un ouvinte descoñecido
en versos dun poema autobiográfico
que fala dun pasado tal vez inexistente
ríos brincadeiros foron os soños
coma tecidos febles dun destino
que se perdeu aquela tarde.

Luís Viñas

1 comentário:

POESIAS LITERÁRIAS DE LUIZ DOMINGOS DE LUNA. disse...

Planeta que chora
Luiz Domingos de Luna

Reflito sobre a vida
sobre o mundo rotativo
do universo exuberante
da beleza do ser pensante
do mundo mágico criativo
É o solo, é a existência roída
de um planeta que chora, exaurido.
De uma fumaça de gás cumprimido
De um berço que faz sentido.
De uma paisagem destruida
que teimo em desfrutar
a reta um ponto vai ficar
o fim, o começo a externar
O espaço a gritar
O ambiente somente?
A água ?
A selva?
O mar ?
E nós humanos ?
O planeta chora
A inteligência ignora?
Onde iremos morar?
sem terra, sem piso, sem ar
sem fogo, sem água, sem mar?
por que a poluição ?
o farelo da destruição
O lixo cultural ?
O rio é um esgoto
O mar está morto
O ar é aborto
de quem quer abortar,
assim, volto ao pó
não tem reciclagem
é uma viagem,
mas viajo só?