A pequena fiestra nauseabunda
vomitava-me cadáveres
enriba das minhas retinas.
Mortos patrocinados polo monopólio,
da mentira.
Escupia-me xente famélica,
mortos por inaniçom,
que levabam um cartaz luminoso
de umha empresa de lixo comestível
esso sim, era lixo reciclado,
cravado na coluna vertebral.
A pequena fiestra sofría
de diarreas de filósofos
mercados em tómbolas festeiras.
Era o començo de umha agónica morte
por contaminaçom vissual.
E de súpeto apareçes ti,
em este pequeno paraiso de auto-destrucçom,
entre a barbárie e a minha retina,
fazendo de muro opaco,
que evita a enfermiça agonia,
sim, de súpeto apareçes ti,
coa tua voz,
e co teu canto de redençom.
Gustavo García
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