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Unha lus de vida malvivida morre na noite máis curta
unha lus vermella que xurde no planeta da fogata
ese resplandecente caparazón esperanza guindou criatura semellante
fóra do magma que queima miserias humanas
e medra combativo nas faíscas ergueitas en armas.
Voa ese chisco de lus no medio do fume que a ceiba en volantas
lanzada na adversidade estrelecida pra rompe-lo ceo a puñetazos,
avanza no vento indomábel á cabeza dun grupo de meigas
vestidas de negros farrapos e con boinas caladas,
voltas e rebiravoltas, escomenza a revolta
namentra-lo paxaro de lus fita a longa praia ateigada de formigas
estrañas, bébedas, espalladas na noite de lume;
mais a lus se marea ebriagada de vertixe e cansazo
e vaise deitar no berce do mar en calma
e baixa e baixa... e baila logo coas ondas
e non se apaga, velaí a tes meu amor incrédulo
esa lus ten ialma e non se apaga
esa lus é un desafiante amencer agochado na ría
esa lus leva un pouco de tódolos sonámbulos
seres infelices ilusionados con nada.
Esa lus, meu amor, nâo é coisa pequena
e agarda pescadores curtidos en naufraxios.
Esa lus voltará cando un novo día rebelde
prenda en nós (outros) pra enche-la terra de peixe.
.......................................... - Alfonso Láuzara -
3 comentários:
Lindo, lindo!
PArabéns Alfonso! Adoro a forma como trata as palavras!
Parabéns Alfonso...há algum tempo não escrevias nada, e tu brincas maravilhosamente bem com as palavras.
Muita luz em tudo o que te rodeia...Muita luz na tua mente e no teu coração... ;)
Beijinhos!!!
Queridas amigas, são muito lindas vossas palavras e muito animam! Muito obrigado, de coração! Acho que devemos procurar tratar sempre bem as palavras para que as musas não deixem de visitar nossa lírica morada. Por acaso, escrevi este poema há tempo, mas o solsticio o traz sempre ao presente. Um prazer compartilhar, sempre. Façam favor, vcs como as musas, não me deixem de visitar em esta porta verde sempre aberta! ;-) Grande abraço! Bjs
- Alfonso -
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