domingo, abril 29, 2007

non omnis confundar

III

Na orla do bosque
Sob os carvalhos
Íngremes vagueei
Como um viandante
No sono da intransigência

De novo vislumbrei o caos
Nessa palavra avara
O que se ajusta ao excessus
Ante a beleza do difícil
Quem aos poucos se desgasta
Nomeia o silêncio à beira do instável

Quem sucumbe ao penoso
Como um castrati resvala
Nessa voz do inapreensível

Inflammatus et accensus

Quem se apressa rumo ao incontido
Nessa terra devastada
Tende a eximir-se do desastre
A demência do oportuno

Quem habita nessas figuras
Por certo ignoro

O lamento há-de prevalecer
A memória do petrificado

Ha muito que esqueci a justeza
O que permaneceu irremediável


alexandre texeira mendes

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