III
Na orla do bosque
Sob os carvalhos
Íngremes vagueei
Como um viandante
No sono da intransigência
De novo vislumbrei o caos
Nessa palavra avara
O que se ajusta ao excessus
Ante a beleza do difícil
Quem aos poucos se desgasta
Nomeia o silêncio à beira do instável
Quem sucumbe ao penoso
Como um castrati resvala
Nessa voz do inapreensível
Inflammatus et accensus
Quem se apressa rumo ao incontido
Nessa terra devastada
Tende a eximir-se do desastre
A demência do oportuno
Quem habita nessas figuras
Por certo ignoro
O lamento há-de prevalecer
A memória do petrificado
Ha muito que esqueci a justeza
O que permaneceu irremediável
alexandre texeira mendes
domingo, abril 29, 2007
sexta-feira, abril 27, 2007
L'important c'est la Rose
a res pública en dúas metades,
e nesta beira latexa a marxe esquerda
c'est la rose c'est la rose
que vai polo río abaixo
na procura do sentido
c'est la liberté, Ségolène
seina ségolène
Liberté, égalité, fraternité!
........... - Alfonso Láuzara -
quarta-feira, abril 25, 2007
A revolução dos cravos
Grândola, vila morena
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ó cidade
Dentro de ti, ó cidade
O povo é quem mais ordena
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada esquina um amigo
Em cada rosto igualdade
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada rosto igualdade
O povo é quem mais ordena
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
Jurei ter por companheira
Grândola a tua vontade
Grândola a tua vontade
Jurei ter por companheira
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
José Zeca Afonso
segunda-feira, abril 23, 2007
A FORÇA DA LUA VERMELHA EM POIO FAI-SE FERTILIDADE CREATIVA
MOSTRA
NO CASAL DE FERREIROS
Do 27 de Abril até 16 de Maio
Segunda Feira-Quinta Feira
De 10:30h a 14:00h
De 17:30h a 21:00h
PINTURA
Sabela Dominguez
Zacarías Castro
Rafa Lage
José María Ares
Augusto Fontám
ESCULTURA I TALHA
Valentina García
Checho Sanmartín
FOTOGRAFÍA
Foni
Aquilino Valiño
Kike Piares
Nelson Gómez
VÍDEO
Guillermo Pazos
INAUGURAÇÃO
CASAL DE FERREIROS Dia 27-04-2007
AS 8 DA TARDE
Acto presentado polo actor Miro Magariños
Fala o alcalde Nito Sobral e o comisario da Mostra Checho Sanmartín
Recitam os poetas
Rafa Pindoulo
Alfonso Pindoulo
rosanegra
Cruz Martínez Vilas
Tocam o violim:
Laura e Marinha Quintillán
COLECTIVO
A PEDRA FLOXÁM
COLABORA
Concelho de Poio
Praça Mosteiro, 1 36995 San Joam de Poio
www.concellodepoio.es
tel.: 986 770001- 986 770038
domingo, abril 22, 2007
Cruz Martínez Vilas
Pegadas de viageiros insones
.........................................batem
Afundam as portas cerebrais
..................................caminham
..................................abrem covas
Famintas depressões devoram
Inseguridades furam cavidades
..................................do razoamento
De repente, o juizo desequilibrado
................................pendura de um fio
Os sentimentos gereminam em uma raivosa
......................................................consequencia
Em um complexo engranagem
......................................iniludível
Que propina duras bofetadas
..............................desperta-te
................................despertamos
..........................................e sofrimos
As estradas e atalhos falam
Dum cada vez mais curto caminho
.......................................e de abismos
Dizem que a vida é só um suspiro
.......................mas entretanto 5325+1
..........................................................cresce
........................................uma fileura do desemprego
.........................................batem
Afundam as portas cerebrais
..................................caminham
..................................abrem covas
Famintas depressões devoram
Inseguridades furam cavidades
..................................do razoamento
De repente, o juizo desequilibrado
................................pendura de um fio
Os sentimentos gereminam em uma raivosa
......................................................consequencia
Em um complexo engranagem
......................................iniludível
Que propina duras bofetadas
..............................desperta-te
................................despertamos
..........................................e sofrimos
As estradas e atalhos falam
Dum cada vez mais curto caminho
.......................................e de abismos
Dizem que a vida é só um suspiro
.......................mas entretanto 5325+1
..........................................................cresce
........................................uma fileura do desemprego
"Às vezes temo a metamorfose", 3º premio de poesía no "Concurso Literário e Artístico da AALF,2003 (Freamunde, Portugal)
sábado, abril 21, 2007
quinta-feira, abril 19, 2007
terça-feira, abril 17, 2007
Dereitos humanos
Dereitos humanos,
Unha bomba estoupa nunha praza de Sarajevo.
Dereitos humanos,
Catorce mortos,cinco deles rapaces que xogaban.
Dereitos humanos,
Danos colaterais.
Dereitos humanos,
O espectáculo da guerra en vivo
No Golfo Pérsico,
Manipulación da información.
Dereitos humanos,
Desvío de fondos á contra nicaraguana,
NAPALM para Vietnam.
Dereitos humanos,
Bloqueo á illa encantada,
Estándar Oil,Fruit Company e Texaco.
Dereitos humanos,
Os homes de Harrelson desembarcan en Panamá.
Dereitos humanos,
Aquí tamén os hai,
Acinamento nas prisións e dispersión,
GAL e Batallón Vasco Español.
Dereitos humanos,
Na prensa a nova doutra muller morta polo seu macho,
Carroñeiros do sensacionalismo,
Porque chamalo violencia doméstica
Sendo asasinato.
Dereitos humanos,
Ataque racista en El Ejido,
Quince magrebís son deportados ao seu país.
Morte dun soño,denuncias de malos tratos.
Berros no deserto.
Tele maratón polos dereitos humanos,
Vendemos compaixón
E lavamos as mans.
O cabalo do malo
domingo, abril 15, 2007
Mercedes Peón - "Sihá"
Unha muller impresionante
e arrebatadora
que escintila con vigor
na galaxia musical galega.
Mercedes Peón ven de presentar con éxito rotundo en Vigo o seu terceiro disco, Sihá
O sábado 14 de abril vibramos tod@s con ela, outra volta, nunha república de soños dacabalo entre as entranas da tradición galega e os experimentos máis transgresores do seu talento artístico, tan encantadora e atrevida coma sempre. Parabéns, Mercedes!
Aiché
Si ha, non ha
Si ha, non ha
Aínda así, aínda así
Ai che, si ha, non ha, ho
Aló van as palabras
Coma folerpas de neve,
Caen e baten coa terra
Axiña desaparecen.
Si ha, non ha
Si ha, non ha
Aínda así, aínda así
Ai che, si ha, non ha, ho
Unha nena nunha escola
Falou palabras feridas
A mestra non as coñecía,
Nevan folerpas para arriba!
Si ha, non ha
Si ha, non ha
Aínda así, aínda así
Ai che, si ha, non ha, ho
Mercedes Peón, música, letra e arranxos
Melodía tradicional,maneo de Nétoma
- Alfonso Láuzara -
sexta-feira, abril 13, 2007
déixanse levar
quarta-feira, abril 11, 2007
encoro verdugo
segunda-feira, abril 09, 2007
domingo, abril 08, 2007
Cruz Martínez Vilas
O sentimento é tamén un acto exhausto
.........................................conxunción de suor
............................................................e esperma
onde capturadas posturas, abren apetito á altura
..................................................de ardentes embigos
A radio na cabeceira do leito marca o ritmo
sintonizando o dial, que transporta o desexo á correcta
..........................................................cooperativa de caricias
Os grilos sempre forman rexementos entre a cintura
.................................................................e extremidades
Convulsivos corpos
deseñan unha central nuclear que arremete
...............................................................e estala
...............................................................cara as nádegas
e xacen extasiados, penetrando a terra
...................................en perfecta correspondencia
.........................................conxunción de suor
............................................................e esperma
onde capturadas posturas, abren apetito á altura
..................................................de ardentes embigos
A radio na cabeceira do leito marca o ritmo
sintonizando o dial, que transporta o desexo á correcta
..........................................................cooperativa de caricias
Os grilos sempre forman rexementos entre a cintura
.................................................................e extremidades
Convulsivos corpos
deseñan unha central nuclear que arremete
...............................................................e estala
...............................................................cara as nádegas
e xacen extasiados, penetrando a terra
...................................en perfecta correspondencia
sexta-feira, abril 06, 2007
rosanegra
Nas rochas chocan as olas da vida
E da morte
Tornándose pequenos arrecifes eternos
Na praia a area é mollada
Pola auga salgada do mar
O ineludible mar
E da perpetua mirada allea
Morre a boneca presa
Pola inestimable esencia
As herbas crecen nos campos infestados
De peste
E a natureza fala no idioma da ollada
Cara nenos que morren sacrificados
Nos lugares recónditos...
E castran ideas as mentes xa pechas...
quarta-feira, abril 04, 2007
A – mar –hei
Achei o manancial das verbas fermosas
que ceiba bocaladas de fume acróbata.
Hei apagar eu o botafume
cun bico de zume nos teus beizos de rosa,
beiramar, de groso contorno areoso
mollado de cuspe o milagre da túa boca,
avance nun intre detido de escume
cando todo o mister do mar sen roupa
me chega no verde da túa mirada.
Sabes a pouco, muller moura da pel salgada.
Alfonso Láuzara
que ceiba bocaladas de fume acróbata.
Hei apagar eu o botafume
cun bico de zume nos teus beizos de rosa,
beiramar, de groso contorno areoso
mollado de cuspe o milagre da túa boca,
avance nun intre detido de escume
cando todo o mister do mar sen roupa
me chega no verde da túa mirada.
Sabes a pouco, muller moura da pel salgada.
Alfonso Láuzara
segunda-feira, abril 02, 2007
O cadáver está vivo!
O pasado sábado 31 de marzo ás 20:30 horas, na Galería de Arte Dosmilvacas de Ponferrada( Avenida de Astorga, nº 7) www.dosmilvacaspuntoarte.com
Houbo un velorio multitudinario a carón da poesía... o cadáver pendurado das paredes sorría feliz pola boa acollida da exposición...
"Há umha certa luz incompreensível na distáncia".
domingo, abril 01, 2007
Subscrever:
Mensagens (Atom)