segunda-feira, setembro 28, 2009

O 26 de setembro no Café UF " Negra Sombra"

O sábado pasado, despois do verán retomamos os ENCONTROS NO 7º ANDAR.
Queremos agradecer a todos os amigos que se achegaron e compartiron connosco a maxia da palabra, a música e a amizade. Moitas grazas!.

Ligazóns dos vídeos deste encontro:

Miguel Ángel Alonso
http://www.youtube.com/watch?v=Ly196lVG-Cs

Cruz Martínez
http://www.youtube.com/watch?v=36FK3A44YjM

Alberte Momán
http://www.youtube.com/watch?v=uixoiGEcw-w

Enrique Leirachá
http://www.youtube.com/watch?v=CJwrTwUJrdI

rosanegra
http://www.youtube.com/watch?v=aj0v7wb1Icg

Alfonso Láuzara
http://www.youtube.com/watch?v=PDQ-dTdd7hI

sábado, setembro 26, 2009

ENCONTROS NO 7º ANDAR

Hoxe no café Uf, " Negra Sombra" a partir das 21h.

terça-feira, setembro 22, 2009

a terra e a comunidade

.
os pes e a terra

as chamacas gostan andar
e xogar cos pes descalzos
e poñen os guaraches
para ir a escola

as nais andan descalzas
en cociñas de chan
de terra ou formigon
e descalzas saen pra fora
a xuntar os guajolotes
pola empinada leira

e as avoas descalzas andan
aloumiñando a ferida terra
como sabendo que logo
formarán parte dela
.
............ comunidade 3-07
.
o paliacate

o bermello paliacate
con debuxos ocres e negros

co paliacate as cativas e as mulleres
cobren os seus negros cabelos
e algun home tamen o pon
como se fose un pirata

o paliacate atado ao pescozo
como un mero adorno
ou protexendo do sol ou do frio
e o paliacate por debaixo dos ollos
para que nos vexan mellor
e asi nos protexemos todos xuntos
.
................... tlacolula 2-07
.
(de "A MILPA E O PALIACATE")
- Manolo Pipas -
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domingo, setembro 20, 2009

Maruja Mallo, pintora galega

A artista da xeración do 27 no seu estudio de Madrid, 1936

Muller con cabra, 1929


Ana María Gómez González (Viveiro, Lugo 1902 - Madrid, 1995). Na Casa das Artes de Vigo está exposta a súa obra ata o 10 de xaneiro.
UNHA MULLER QUE TRIUNFOU EN TEMPOS DE HOMES!.

quinta-feira, setembro 17, 2009

O DESPROPÓSITO (Unha ducia de razóns)

Todos piden motivos, razóns, explicacións
e aínda que a avoa sempre me dixo que era
unha rapaza lista, listísima;
a verdade é que desta non atopo os porqués
nin sequera facendo mesuras intelectuais.

Que como non dou amado ninguén?
¡Quen sabe! Se cadra en lugar de corazón
teño un vulto de oxalato que respira como os peixes
só cando está embaixo da auga,
medio afogando.

Que como non dou camiñado máis apresa?
¡Quen sabe! Se cadra en lugar de pés
teño equilibrios de papel,
que só funcionan
cando están no aire.

O caso é que non podo
e me parece un gran despropósito
que Deus, que miña nai, que todos;
me pidan que faga aínda máis do que alcanzo
do que dou, do que regurxito desde a alma, desde o alento.

Si, quizais si.
Quizais as cousas deberían ser doutro xeito;
deberían ter sido doutro xeito.
Probablemente son demasiado nova para tanto peso
ou demasiado vella para tanto pesar.

¡Que lle imos facer!
A vida non permite reclamacións,
nin devolucións,
nin ten sequera
período de garantía.

O que nos toca, tócanos
e xa está.
Non hai volta de folla,
nin de páxina, nin de maneira de ser.
Eu escollín esta forma de estar no mundo.

Se alguén quere,
se queredes,
podedes culparme por esa elección
mais non por outra cousa.
Por outra cousa si que non.

ANA VALÍN

domingo, setembro 13, 2009

FOTOSSÍNTESES

Acerca-te à janela, aí a luz cruza livremente, guarda o princípio universal, a velocidade de um meteoro; faz visível qualquer superfície e desenha teu rosto.

O obturador deixa-te descer. Oferece-nos a possibilidade de registar fenómenos fugazes. Teu corpo apresenta os detalhes. O céu é uma fúria, reproduz-se com uma cor mais forte e fica o sol nítido. (O sol tudo desenha ao tocar seus remos)

Observa o depois, parece uma coincidência que estejamos presentes em algo que passou voando por um mausoléu e se deteve celeste, mais adiante, num ramo.

A isto depois chamar-lhe-ão fotografia:

esse algo que você viu e agora recorda.

Não subiremos o diafragma, essa é minha última vontade, estou seguro, seremos heróis. Vou dizer-lhe uma sozinha vez, a parede será um chapéu porque o sol é um Niágara e toca teu frente.

Entre nós não há nada, salvo o que ocorre quando nos observamos. Arrastamos a luminação perfeita, o gato dorme para não esquecer a casa. Salta do obturador um barulho principal, é o mesmo de uma máquina de escrever. O destino é o mesmo para todos.

A fonte prove de um flash electrónico com chapéu a uns 65 centímetros acima de meu ombro. Depois, o borde de um lampejo regressou tudo, regressa tudo a meus olhos, a solidão de uma estação de comboios ficou impressa, e tu com a paciência da erva.

Durante muitos anos roubo-te numa cita, num instante, concreto e isolado. A foto é uma frase para que não desapareças. Olha o enquadre, deixa de tocar-te no espelho, um retrato não é uma semelhança. Não te preocupes a garganta, já quase termino o rolo; pronto, teu corpo revolto sobreviverá ao tempo. Uma máquina o copiou, isso é o que importa no castelo num dia de verão.

1.- O obturador deixa-te acender em todas essas cores, em todas essas linhas e na forma te captura, te compartilha, te leva a outra terra.
2.- Não precisamos saber mais palavras, aqui o corpo petrificado é belo, sem dupla intenção; pendurado de uma abeja ignora o silêncio que lhe rodeia.

3.- Ontem era o átomo de uma empregada de mesa atenta. Não quero descrever em realidade como és. Hoje entras às seis. Com a blusa limpa caminhas pela rua e nada se detém em tua umbigo, por isso a ponta da beleza é efémera por isso Nadar, Julia Margaret Cameron, e os olhos os temos atentos, indecisos a teu cintura que dorme, às ruínas que levas por diante e o andar encerado cria uma visão que não lhe importa o Pistolletto.

5.- Anotemos as impressões.


Ramón Peralta

quarta-feira, setembro 09, 2009

A MILPA E O PALIACATE


Presentación do libro de Manolo Pipas "A MILPA E O PALIACATE" nos camiños do outro México. Poemas e crónicas con debuxos de Eva Castro.

Na Cova dos Ratos ( Caleidoskopio) Vigo, sábado 12 ás nove e media da noite.

segunda-feira, setembro 07, 2009

...o da fragilidade da natureza humana.


Animal Humano
Diremos, à guisa de roteiro, que a realidade é sempre bifronte. Será que a mão direita não pode nunca conhecer a mão esquerda, apenas interpretá-la e traduzi-la? O estranho, sim, é que o animal humano, nunca será demais insistir, patenteia a marca de uma espécie altamente inventiva ou até a mais predatória e destruitiva. Note-se. Porém, que a sua capacidade inventiva potencializou a tecno-ciência; criou as condições da transformação da superfície do planeta e criou o mundo da tecnosfera. Não é ocioso fazer esta constatação. Mas interessa fixar como ponto assente que a tecno-ciência acentuou um problema por resolver: o da fragilidade da natureza humana.

alexandre teixeira mendes

quinta-feira, setembro 03, 2009

esperta

déixate levar,
os sentimentos
mudaron,
agora en ti
só medra o urbanismo,
as pombas perfilan
os tellados,
déixate levar,
queres e non sabes espertar,
contarei ata tres,
cando toque a túa fronte
coa miña man,
espertas,
oxalá podas facelo,
non é máis complicado
que vivir,
non é máis complicado
que pronuncialo teu nome,
déixate levar,
agora esperta,
mira as pombas,
levan nas súas ás
os teus presentimentos,
abre os ollos,
déixate levar,
deixa que esquiven os tellados,
colle a mensaxe
que traen para ti,
abre os ollos,
déixate levar,
non é máis complicado
que vivir,
non é máis complicado,
que pronuncialo teu nome,
oxalá podas facelo.
Enrique Leirachá